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A Máquina sem Estratégia

Muitos se lembrarão das máquinas dispensadoras de máscaras e perguntar-se-ão se essa campanha foi eficiente… ora vejamos.

Quando lançamos um novo produto no mercado (máscaras) que inclui uma campanha que informa que o preço é acessível, devemos considerar além da necessidade intrínseca do produto no mercado (máscaras), outras questões essenciais de estratégia comunicacional e empresarial como por exemplo o universo que se pretende abranger com esta campanha.

Por exemplo, fazer um ensaio, colocando em lugares estratégicos um pequeno grupo de maquinas dispensadores, acompanhar o comportamento do munícipe e ver se é de fácil leitura a informação na máquina e se a mesma é suficientemente clara para adquirir a máscara, rever em tempo útil o stock mínimo dentro das máquinas,  sob pena das mesmas estarem expostas mas sem máscaras, entre outras coisas.

Como munícipe atenta, arrisco a dizer que não houve planeamento estratégico, pois não se realizou um plano piloto e instalaram-se massivamente todas as máquinas (perto de 400), inclusive em sítios onde nem sequer teria lógica por serem zonas com fraco movimento. 

Pela falta de este e outros critérios, umas máquinas foram vandalizadas, outras ficaram com a moeda e não saía as máscaras, outras ficaram sem máscaras e não era reposto seu stock.

Duvido também que os cascalenses tenham corrido a comprar máscaras nestes dispensadores quando poderiam obtê-las de forma gratuita ou mais barata em vários outros  sítios.

Assim, existe uma pergunta que passado todos estes meses os cascalenses se deveriam colocar… Por entre toda a propaganda e receio deste vírus, foram os objetivos marcados pela Câmara Municipal de Cascais para esta campanha alcançados? Se sim, a que custo? Teria o mercado respondido com igual ou maior qualidade com um menor ou igual custo?

Como cascalense gostaria de ver estas e outras perguntas respondidos sobre todas as outras campanhas que, sem critério, utilizam o dinheiro do munícipe, sem transparencia a que eu, como liberal, devo exigir.

Como dizia Milton Friedman: “Um dos maiores erros que existem é julgar os programas e políticas públicas pelas intensões e não pelos resultados”.