Estes últimos dias têm sido dias de grande agitação no seio da nossa cooperativa agrícola, agitação essa que é boa e recomenda-se! Apesar de também ter estranhado o anúncio de um dos principais agricultores liberais deste país, foi com grande felicidade que pude observar que brotaram já algumas candidaturas à comissão da nossa cooperativa agrícola e que, ao que tudo indica, ainda mais candidaturas irão nascer até à assembleia-geral da cooperativa em Dezembro.
Enquanto alguns agricultores liberais já se começaram a dividir pelas candidaturas já apresentadas, outros preferem aguardar para então depois se apresentarem como apoiantes deste/a ou daquele/a agricultor/a com o/a qual mais se identificam e que entendem ser o/a candidato/a ideal para levar avante a nossa cooperativa para que possamos, em conjunto, continuar a espalhar a semente liberal por este país (e mundo?) fora. Pessoalmente sou dos que prefere esperar para ver e aguardo com alguma ansiedade a divulgação das ideias/moções de estratégia globais de todos/as os/as candidatos/as.
Porém tenho de voltar a falar sobre o anúncio que causou grande estranheza e que apanhou a muita gente de surpresa, onde eu mesmo me incluo. Ora o nosso agricultor-líder fez algo que, infelizmente no país em que vivemos, é visto como um acontecimento estranho: o desapego* de lugares de liderança na vida política. É curioso como entre os agricultores “urbenos”, os “latifundiárioz” e os “mafiosos do roseiral” foram produzidos comentários dos mais abjectos e francamente estúpidos que já havia lido! Como é que o desapego do poder, o altruísmo de se dedicar à causa pública, a não-dependência da agricultura e o trabalho competente são alvos de tanta crítica por parte de quem opta por plantar à esquerda? Por que raio a honestidade a transparência criam tanto asco em Portugal? Será que o país já está definitivamente entregue àqueles que não são capazes de respeitar o tempo de pousio e ao invés plantam, plantam, plantam até não crescer mais nada?
Eu quero acreditar que, dado o crescimento do espaço da nossa cooperativa na Confederação das Associações e Cooperativas Agrícolas da República e as recentes movimentações internas para a eleição da nova comissão são o reflexo de que a nossa cooperativa, ao contrário de outras, não precisa de adubos artificiais para crescer, precisamos apenas e só da força unida dos/as agricultores/as liberais para que continuemos a semear a ideia que mais frutos dará ao país: o liberalismo.
*O verdadeiro despego, não aquele de “aventuras” por aí!
PS: Muito obrigado, João!