Inspirada pelo debate realizado na Faculdade de Direito de Lisboa sobre “ O Sistema de Educação em Portugal”, que teve como um dos convidados o João Silva Almeida do Grupo de Coordenação Local de Cascais e pelo passado dia do estudante, não consigo deixar de trazer para aqui um pouco do tema da Educação.
É urgente uma reforma no ensino: a Escola não pode ser mais gerida pelo omnipresente e omnisciente Sr. Estado. A visão estatizante que muitos tanto defendem é um entrave para a evolução do sistema de educação. Atualmente temos uma centralização de currículos, de programas e de definição de políticas, sendo as escolas e os professores meros executores e os alunos meros recetores passivos do conhecimento, sendo preciso proporcionar autonomia administrativa, financeira e pedagógica no ensino público. Só assim será possível dar a possibilidade a cada indivíduo de perseguir os seus interesses e ambições e não formatar para um mínimo denominador comum nivelando todos pelos mesmos critérios.
Não se pensa a longo prazo: mudam-se os Governos, mudam-se as políticas. Tira-se esta ou outra disciplina, permitem ou proibem as batatas-fritas… É preciso uma discussão estruturada e profunda sobre o futuro da Educação e um compromisso sério em encontrar respostas e soluções para questões e problemas difíceis.
A nível Municipal podemos promover a liberdade de escolha e igualdade no acesso ao ensino com financiamento via aluno, independentemente de o prestador ser público, social ou privado. A realidade atual é a de que não existe liberdade de escolha, havendo uma grande desigualdade a nível de oportunidades.
É também muito importante disponibilizar como atividade extracurricular, para os alunos que quiserem, aulas de Literacia Financeira e Ciências Políticas. Há visível carência por valorização destas competências, bem como da Educação Digital, visto que a evolução digital já há muito demonstrou que veio para ficar. A IL Cascais advoca por promover as novas tecnologias, fornecendo à população do ensino obrigatório, residente no concelho, a aquisição sem custos dos manuais escolares digitais bem como em reforçar o investimento nas instalações escolares a nível do equipamento, nomeadamente equipamento técnico, desportivo e artístico.
A nível de Freguesias, estas, dentro da sua competência, precisam de cooperar e ajudar o Município na procura de soluções e no pensar do futuro da educação, colmatando as falhas e insuficiências encontradas no seu nível local.