No passado domingo, com uma bela manhã de sol, decidi voltar a tentar aproveitar o passeio pedonal entre a Marina de Cascais e a Praia do Guincho. A paisagem é bela, podemos caminhar cerca de 9 quilómetros junto ao oceano com um cenário misto de verde e de mar. As infraestruturas – ciclovia e passeio pedonal – construídas pela CMC há alguns anos, proporcionam condições excecionais aos cascalenses para desporto ao ar livre ou simplesmente momentos de lazer.
Tudo seria perfeito se não houvesse condutores – automobilistas e motociclistas – que olham para a bela N247 como uma pista de corridas. De um lado, no passeio pedonal, pessoas de todas as idades a caminhar ou a correr, do outro lado ciclistas na ciclovia e na estrada muitos carros e motas a acelerar e a não respeitar o limite de velocidade indicado. Para além do perigo que estes “aceleras” representam em caso de despiste, a poluição sonora é massacrante. Esta situação não é nova e é assim há muitos anos. Por isso, já há 2 anos que não passeava por ali.
Como liberal acredito na liberdade e na responsabilidade individual e não desejo viver num estado policial. Mas quando as pessoas parecem ser incapazes de se autorregular e as suas ações perturbam, e podem até colocar em risco os outros, penso que cabe às autoridades dissuadir os excessos, controlando a velocidade e penalizando os abusos. Lombas (é penoso para os condutores, mas resultam), radares de velocidade e patrulhas ao fim de semana poderiam ser algumas soluções para que todos – a pé, de bicicleta, de moto ou de carro – possamos disfrutar em segurança da estrada do Guincho.