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País Rico País Pobre

São os transportes grátis a solução que a mobilidade precisa? Quero um transporte que passa duas vezes por hora e gratuito, ou que passe quatro com um preço que posso pagar?

Esta e muitas outras questões pesam na hora de decidir sobre mobilidade, para além de preço é importante a qualidade e uma rede constituída essencialmente por autocarros e sem vias dedicadas vai sempre sofrer o mesmo problema que enfrentamos com o nosso automóvel, vamos ficar presos em filas de trânsito, obras, más decisões de via e a contribuir para uma má qualidade do ar. 

Por mais investimento que se faça, sem vias dedicadas, o problema vai persistir e é preciso ganhar coragem a nível nacional para se falar em soluções de mobilidade de via dedicada, um concelho como Cascais já deveria estar a colocar essa hipótese em cima da mesa, a via dedicada oferece vantagens óbvias e com uma densidade populacional cada vez maior e sem esta solução irá piorar a situação em que a mobilidade se encontra.

Assisti de perto à construção do metro de superfície de Almada, levou décadas a sair do papel (1985) para entrar em funcionamento em 2007, mas depois de concluído o sacrifício foi criada uma via dedicada que adiciona um valor enorme ao concelho, Cascais devia seguir os mesmos passos e começar a equacionar discutir seriamente uma solução de mobilidade em via dedicada com metropolitano ligeiro, sem engarrafamentos, verde, com horários certos e que possa ser usada por todos. “País Rico não é aquele que pobre anda de carro. É aquele que rico anda de transporte público.”