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Quando menos é mais

No contexto de um concelho e da autarquia que o gere, esta existe para facilitar a vida das pessoas em sociedade. Sendo que a autarquia não gera nada de valor como uma empresa ou uma pessoa a produzir algo, mas apenas gere o que é público, essa facilitação passa por principalmente não complicar e tornar-se inconspícua aos olhos dos munícipes.

Quando olhamos para o que se passa em cascais vemos que o atual executivo faz exatamente o oposto. Tudo serve para estar bem presente na cara das pessoas através de cartazes, bilhetes para concertos, senhorio de negócios privados, agente aeroportuário… Os exemplos são inúmeros o que perpetua a imagem de um estado local paizinho que providencia tudo para os seus pequenos munícipes incapazes de viverem sem ser debaixo da orientação do autarca.

Só assim se compreende a dimensão de uma autarquia como Cascais que tem mais de 3700 funcionários se contarmos com as empresas municipais. Com um orçamento anual de 299 milhões de euros, ainda acresce o orçamento das empresas municipais, o que facilmente torna o estado local em Cascais numa das maiores entidades do concelho, quer em termos de funcionários quer em termos de orçamento.

A consequência de ter um polvo desta dimensão são várias, não existe incentivo para desenvolver atividades concorrenciais onde a autarquia atua ou existindo será em segmentos altos ou então o dinheiro está tão distribuído por tudo e por nada que é inconsequente. Por exemplo, quem se lembra das desaparecidas bicicletas partilhadas ou os vários projetos ligados ao empreendedorismo como a DNA Cascais que não se conhece qual o impacto real na economia local?

No final do dia o dinheiro dos nossos impostos evapora-se em orçamento de publicidade virada para dentro (só em 2022 está previsto pela autarquia mais de 1,155 milhões de euros em publicidade) sem qualquer vantagem para quem cá reside e acabamos por sustentar pequenos grupos de entidades que vivem à sombra da autarquia via as brincadeiras juvenis de um qualquer político com pretensões a empresário.

É por isso que a Iniciativa Liberal em Cascais defende um agressivo plano de desburocratização da função do estado local e a redução do peso da autarquia na economia local devolvendo aos munícipes a oportunidade de prosperar de acordo com os sonhos e ambições de cada um.