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Surpresas da Tomada de Posse

Já por várias vezes foi dito que os membros da Iniciativa Liberal não têm, na sua grande maioria, um passado político – e esse é sem dúvida o meu caso.
Este ano com a eleição de três representantes liberais em Cascais, decidi assistir a duas tomadas de posse para poder participar neste momento democrático. No entanto foi uma experiência que desiludiu… destaco duas das minhas surpresas.

A minha primeira surpresa foi a imparcialidade, ou falta dela, do Presidente da Assembleia Municipal de Cascais, Pedro Mota Soares. Para quem não sabe, cabe ao presidente cessante dar posse aos novos membros da nova Assembleia Municipal e da Câmara Municipal.
Ora o que se espera de alguém que preside à casa da democracia de um concelho, é que seja imparcial… mas Pedro Mota Soares logo no seu discurso de abertura elogia por várias vezes o executivo PSD/CDS que geriu, e continuará a gerir, Cascais… lá se foi toda a imparcialidade logo nas primeiras frases…

A minha segunda surpresa foi Carlos Carreiras que durante o seu discurso disse, com orgulho, “nunca apresentei um programa eleitoral por uma razão (…), porque é um documento para o princípio das eleições”.
Que Carlos Carreiras não tinha apresentado um programa eleitoral não era surpresa, o que é surpresa é querer usar isso na lapela com o orgulho de quem recebeu carta branca de 52% dos cascalenses para poder fazer o que quer no concelho.
Por isso, certamente nos próximos quatro anos veremos mais do mesmo: a continuação da construção da Quinta dos Ingleses nos seus moldes atuais, os impostos no seu máximo, a falta de transparência, a arrogância nas reuniões camarárias, lugares para os amigos, e muito muito dinheiro esbanjado.

Os cascalenses falaram e respeitamos a sua decisão – aos quatro mil que votaram em nós podem confiar que estaremos por cá a fazer o nosso trabalho.