Todos os dias somos surpreendidos com as teias que impedem este país de voar. Dou dois exemplos autárquicos.
Os diplomas que vão a votação, têm frequentemente entre centenas e milhares de páginas para analisar. Uma boa parte desses diplomas têm questões técnicas complexas e são disponibilizados à oposição 15 dias antes da votação. Podem ser ilegais ou conter ilegalidades que vão comprometer legalmente todos os que votarem a favor. Ora, como é bom de ver, para evitar este problema muitas vezes vota-se apenas para evitar este problema, em vez de se votar politicamente contra ou a favor.
Bastava que os diplomas tivessem a chancela de que foram analisados e são legais, para que a votação fosse apenas do foro político, como devia de ser.
Outro exemplo. Numa escola pública, existem três entidades públicas a geri-la e a definir o seu orçamento:
O ME que é responsável por fazer escolas e gerir o pessoal docente, a Câmara que é responsável por determinar locais, decidir algumas obras e pagar parte do pessoal não docente e a Junta de freguesia que paga pequenas obras e horas extraordinárias de pessoal não docente.
A complexidade e sobreposição que implica esta multiplicação de entidades a decidir sobre o orçamento escolar é contraproducente e ineficaz.
É por causa de decisões deste tipo Portugal não cresce. Para satisfazer os pequenos poderes tomam-se decisões que bloqueiam o funcionamento e o crescimento do País. Localmente e a nível nacional.
Como disse Horta Osório, o português mais ouvido e respeitado no mundo dos negócios, “em dez seria possível duplicar o rendimento do país”.
Horta Osório não o disse, mas digo-o eu:
Para isso Portugal tem que votar Iniciativa Liberal.
É urgente simplificar Portugal. É imperativo votar Liberal.