Menu Fechar

Vai-se fazendo… se der votos

Quem há muito vive em Cascais já está habituado a algum transito nas horas de ponta em artérias específicas do concelho. Habituámo-nos a organizar a nossa vida e a usar estradas secundárias quando sabemos que num cruzamento específico vai haver trânsito à hora em que queremos passar.

Mas depois temos aqueles nós viários em que fica difícil arranjar alternativas e acabamos por ficar à espera na fila… resultado da pouca capacidade de escoamento da rede viária em Cascais e do aumento da construção e do número de habitantes no nosso concelho.

A estrada marginal foi construída em 1940 e a autoestrada A5 em 1991. Se olharmos para os censos de 1960 (data intermédia entre as duas construções), a população de Cascais era de 60 mil habitantes… atualmente é de 200 mil habitantes! Como podemos viver hoje com eixos viários que foram planeados sem ter em conta a população atual? Resposta fácil… não podemos! E o resultado vê-se em todo o lado, em cada cruzamento em que a hora de ponta deixou de ser entre as 18h e as 19h para ser entre as 16h e as 20h.

Exemplo claro desta falta de planeamento é o nó de acesso à autoestrada A5 em São Domingos de Rana e as vias que alimentam esse nó – existe algum leitor que já tenha saído ou entrado neste nó entre as 8h e as 21h e não tenha apanhado fila? Existe algum morador do centro de São Domingos de Rana, quer do lado da igreja quer do lado do cemitério, que não esteja já habituado a ter filas de carros à sua porta? Qual a lógica financeira e ambiental de se pagar combustível para estar parado em vez de se pagar para chegar simplesmente ao destino? Se não é surpresa para ninguém, tem de o ser para Carlos Carreiras… talvez fruto de o PSD nunca ter governado São Domingos de Rana até 2021, fico com a sensação que o atual presidente pouco ou nada põe os pés neste lado do concelho!

Como é possível termos alguém à frente das rédeas da nossa câmara com esta falta de visão estratégica para o Concelho? Carlos Carreiras entrou na Câmara de Cascais em 2001 e desde então que se dedica à gestão corrente da autarquia e ao desenvolvimento de projetos que dão votos por serem bonitos, mas não são essenciais…

Sr. Presidente, nos quatro anos que ainda lhe restam à frente da Câmara de Cascais decida fazer as obras que sendo caras, são aquelas que transformam verdadeiramente o nosso concelho!