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Iniciativa Liberal Cascais considera preocupante buscas na Câmara de Cascais. Buscas podem estar relacionadas com venda de armazéns.

A Iniciativa Liberal Cascais considera preocupantes as buscas que estão a ser realizadas pela Polícia Judiciária durante o dia de hoje na Câmara Municipal de Cascais relacionadas com a Fábrica de Máscaras criada pela autarquia durante a pandemia.

O partido foi bastante crítico de todo o processo dirigido pela Câmara Municipal, e em particular por Carlos Carreiras e Miguel Pinto de Luz, tendo sempre posto em causa o racional deste investimento bem como as condições em que o mesmo foi realizado.

Não sendo possível neste momento ter certezas em relação às razões que levaram às buscas nesta Câmara, a Iniciativa Liberal Cascais relembra que, após a pandemia, o processo de venda dos armazéns onde funcionava a Fábrica das Máscaras não acautelou o interesse dos munícipes.

Em causa a deliberação da Câmara Municipal, aprovada pela Assembleia Municipal de Cascais a 29 de novembro de 2021, com o voto contra da Iniciativa Liberal, que aprovou a venda dos armazéns à mesma empresa que instalou e produziu as máscaras, sem nenhuma avaliação de mercado desses imóveis, nem nenhuma fundamentação dos motivos pelos quais não são os mesmos alienados em hasta pública.

Na realidade, a Câmara Municipal de Cascais parece ter escolhido como critério para a determinação do valor de venda em 2021 simplesmente o mesmo valor pelo qual adquiriu os armazéns em 2020, apesar das condições de mercado serem claramente diferentes.

Argumentou ainda a Câmara Municipal de Cascais que, entre os motivos da venda à sociedade SHININGJOY, se encontrava o facto de esta empresa ter uma parceria com a empresa municipal Cascais Próxima E.M. S.A. para a produção de material de proteção individual devido à pandemia, que a empresa SHININGJOY tem larga experiência na fabricação deste tipo de material, de ter dotado as instalações com mais quatro máquinas para produção de material de proteção individual e ter criado 30 postos de trabalho.

Não é de todo compreensível este tipo de argumentação no qual se parece ter dado preferência a um determinado comprador com base apenas na relação de parceria que existe entre o mesmo e uma empresa municipal.