Têm se acumulado exemplos de extremismos na forma como se reage ao atual problema de saúde pública. Um dos últimos episódios foi a interdição em Cascais do acesso à orla costeira e a perseguição efetuada a quem pratica surf.
Nesta situação é claro que o governo passou a batata quente para as autarquias, e que o presidente da CMC, com uma aversão grande à juventude em Cascais, e certamente entusiasmado pelos apelos à delação e à punição que abundam nas suas redes sociais, achou por bem proibir a passagem pelo areal.
Não está em discussão se a decisão é legal ou não (embora o atual executivo tenha já afirmado várias vezes que não se importa de ultrapassar as competências legais), mas está em causa o pragmatismo e vontade de equilibrar o combate à pandemia e o bem-estar dos cidadãos.
O que temos observado é que em Cascais reage-se a quente de acordo com um ímpeto ditatorial sem se equacionar as alternativas. No caso em concreto do surf existem outras alternativas, como abrir corredores devidamente vigiados de acesso à costa, informar a população das alternativas corretas para se poderem exercer os (poucos) direitos que o estado de emergência nos deixou…
Durante o Inverno, com praias varridas a vento, é impressionante que se julgue que existam problemas de ajuntamentos. São medidas irracionais e na linha do que já vai sendo hábito, não se planeia e depois tenta-se corrigir implementando regras discricionárias que colocam em causa o bem-estar das pessoas.
A decisão do executivo camarário atual é proibir tudo e todos, e como chegou a afirmar, indo para além das suas competências legais se for necessário. Este comportamento tem vindo a contribuir para a atual profusão de regras e regrinhas difíceis de compreender e com justificação duvidosa.
A Iniciativa Liberal de Cascais defende liberdade com responsabilidade e é totalmente contra vontades ditatoriais. A população de Cascais pode contar com a nossa forte oposição a este tipo de medidas discricionárias que atentam as liberdades das pessoas.