As estatísticas mostram que os municípios e as freguesias representam 45,8% das comunicações judiciais de corrupção entre 2018 e 2020 em Portugal, razão mais do que suficiente para a Transparência ser uma ferramenta essencial para assegurar a boa gestão dos recursos públicos. Convidamos João Paulo Batalha, antigo presidente da Associação Transparência e Integridade, para nos ajudar na análise da situação actual e na construção de políticas transparentes a nível autárquico.
João Paulo Batalha é um dos fundadores da Transparência e Integridade, capítulo português da Transparency International, rede global de ONG anti-corrupção presente em mais de 100 países. Licenciado em História, com um minor em Sociologia Histórica e Política pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, trabalhou como jornalista freelancer e consultor de comunicação até 2014, quando assumiu funções de diretor executivo da Transparência e Integridade, que exerceu até final de 2015. Entre 2017 e 2020 foi presidente da Direção da associação. Atualmente é consultor nas áreas da boa governança, transparência e políticas de combate à corrupção, além de colunista e conferencista, tratando temas ligados à integridade pública e à participação cívica.